29.12.07

11. SE Palmeiras (Top 5) pós-1970

Os 5 maiores jogos que vi do Palestra:
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1. Palmeiras 2 (4) x 1 (3) Deportivo Cali
*vídeo*
Libertadores 1999, Final
Palestra Itália, 16.jun.1999
Público: 32.000 (não oficial)

2. Palmeiras 1 x 0 C*
*vídeo*
Paulistão 1974, Final
Morumbi, 22.dez.1974 (aniversário do meu pai)
Público: 120.522

3. Palmeiras 4 x 0 C*
*vídeo*
Paulistão 1993, Final
Morumbi, 12.jun.1993
Público: 104.401

4. Palmeiras 3 (5) x 2 (4) C*
*vídeo*
Libertadores 2000, Semifinal
Morumbi, 6.jun.2000
Público:

5. Palmeiras 6 x 1 Boca Juniors
Libertadores 1994, 1ª Fase
Palestra Itália, 9.mar.1994
Público: 18.875
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10. SE Palmeiras

Nuzzi fez seu melhor SPFC com jogadores que viu atuar. Farei meu Palestra. Isso significa jogadores a partir de 1971. Ficou assim: Diego Cavalieri-Arce, Luis Pereira, Antonio Carlos e Pedrinho-Dudu, Cesar Sampaio, Alex e Ademir da Guia-Leivinha e Evair.

27.12.07

A Vida dos Outros (trailer, post abaixo)

9. A Vida dos Outros

Eu sei, é blog de futebol, mas se trata de uma exceção: A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen, 2006, escrito e dirigido por Florian Henkel von Donnersmarck) é um filme soberbo. Deveria ser exibido apenas entre os dias 26 e 31 de dezembro -- porque faz você renovar a fé, seja ela nas pessoas, nas ideologias, ou na simples esperança de que ao alcance de cada um está a possibilidade de se fazer algo grandioso. "Este é para mim" é uma frase que nunca antes no cinema teve tanta força.
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O longa levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano e estreou dia 30 de novembro em São Paulo. A história: um metódico oficial da Stasi (a polícia secreta da ex-Alemanha Oriental) passa a vigiar um escritor e inicia, a partir dessa vigília, uma rara experimentação de afetos e emoções que o farão questionar a própria vida e sua fé política. O papel do agente é do espetacular ator Ulrich Mühe. Coincidentemente, ele foi espionado pela Stasi nos anos 80 (a Alemanha Oriental deixou de existir em 1989, com a Queda do Muro de Berlim) e chegou a declarar recentemente que sua segunda ex-mulher, a atriz Jenny Gröllmann, foi informante da Stasi, sem que ele soubesse, enquanto foram casados -- o que ela sempre negou. Os dois morreram de câncer. Ela, em agosto de 2006 (com 59 anos); ele, em julho de 2007 (com 54 anos).

18.12.07

8. Time do Nuzzi

Nuzzi, velho amigo, está entre os maiores apreciadores e conhecedores de futebol que vi na vida. Cara que sempre freqüenta estádio e que já assistiu a partidas de 120 mil pessoas e de 20 pessoas. Escalou o melhor SPFC de todos os tempos (apenas com jogadores que ele viu em campo). Ficou assim: Rogério-Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Serginho-Cafu, Chicão, Raí e Pedro Rocha-Careca e Serginho.

17.12.07

7. Milan vs Boca (2)

Na final do Mundial de Clubes, domingo (16.12.2007), o Boca tentou uma arma que normalmente funciona: rodízio de faltas sobre o mesmo jogador. Maidana, Paletta, Morel, Bataglia e Ledesma (que entrou só pra isso) se alternavam no troféu acerte-o-Kaká. O Boca fez 22 faltas e dos quatro cartões que levou (três amarelos e um vermelho), três foram por faltas no brasileiro. Estive no último Palmeiras e SPFC. Lá, o chileno Valdívia começou a desequilibrar o jogo e Miranda-Alex Silva-Breno fizeram a mesma coisa. O joelhaço de um deles, ainda no primeiro tempo, tirou o chileno do Brasileirão por 34 dias. Por que não deu certo ontem? Porque Valdívia não é Kaká, porque o Palmeiras não é o Milan e acima de tudo porque o mexicano Marco Rodriguez apita bem mais que o carioca Djalma Beltrami -- normalmente juiz brasileiro não enxerga esse rodízio, coisa que times argentinos e o SPFC fazem muito bem.

6. Milan vs Boca

Fez o Boca a estratégia sul-americana para os Mundiais de Clube da Fifa, como SPFC e Inter já haviam feito: jogar atrás, esperar contra-ataques, quiçá chegar nos pênaltis. E nem pode ser de outro jeito. Os times europeus costumam ser bem mais fortes que os do lado de cá do planeta nessa disputa. Em 2005, era favorito o apenas mediano Liverpool e seu elenco cheio de espanhóis (vem cá, pra que tanto jogador de um país que nunca venceu um Mundial e mais importa craques dos outros?). Os vermelhinhos da terra dos Beatles mandaram bola no travessão e tiveram três gols anulados, mas... Em 2006, o Inter conseguiu apenas um ataque -- aquele do gol -- e o Barça&Ronaldinho naufragaram. O cálculo do Boca foi o mesmo. O que fazer contra o Milan? Desta vez, porém, os deuses do futebol preferiram escolher Golias na disputa contra o David de ocasião. *vídeo*

16.12.07

5. Alex

No Porco, o segundo maior que vi jogar (atrás de Ademir da Guia). Sempre aplaudi Alex, desde quando ele chegou e Felipão (que estranhamente não o levou ao Mundial de 2002) o deixava na reserva de Arilson (quem?!). *vídeo, gol de Alex (contra o SPFC, dia 17.3.2002, véspera do meu aniversário, obrigado!)* -- estava lá com meu amigo tricolino Nuzzi.

14.12.07

13.12.07

4. Ramalhão vs Avaí (Série B 2007)

Jogo decisivo. Quem não tem um time pequeno para acompanhar não sabe o que é isso. Não sabe o que é festejar por conseguir se manter numa divisão, ou festejar ficar numa colocação de 1 dígito (do 9º pra cima). E olha que torcendo pelo Ramalhão já pude comemorar torneio que muito time grande não tem (leia-se Copa do Brasil 2004). Pois numa sexta-feira fria, encaixotada num feriado (de 15 de novembro), o Brunão recebeu 3 mil torcedores (o ingresso estava 6 pilas). Estive lá com Nuzzi, velho amigo, jogo difícil, nervoso, chave para o Ramalhão permanecer na Série B do Brasileiro -- tanto que venceu e permaneceu. Matamos o Avaí no segundo tempo (depois de o Mexerica quase matar a torcida de tanta chance perdida no primeiro...). Um gol logo a 6 minutos e outros dois em contra-ataques. A torcida do Santo André *vídeo* (Fúria *vídeo* e T.u.d.a. à frente) cantou o jogo inteiro. E torcer pelo Ramalhão e cantar o jogo inteiro é coisa para poucos. Poucos e bons. Em tempo: só mesmo no ABC para encontrar uma bandeira da União da Juventude Socialista no estádio (foto).

7.12.07

3. Campeonato Uruguaio


1. Torcida do Nacional entra no estádio; 2. por 90 minutos, ela não vai parar de cantar;
3. a silenciosa e
pequena torcida do Progreso (também de Montevidéu)

Charrúa, Montevideo
Assisti à Progreso e Nacional no Estádio Charrúa, em Montevidéu. Jogo feio, num charmoso estádio (deve comportar 10 mil pessoas). O ingresso custava entre 50 pesos (cerca de 5 reais) e 100 pesos (10 reais). Fiquei na Tribuna Amsterdan *vídeo*, onde estava a torcida do Nacional, atrás de um dos gols (60 pesos/6 reais). Por causa de um show de uma dupla espanhola previsto para o Estádio Centenário, o Nacional foi até o Charrúa, onde não jogava havia dez anos. Já sem chances de ficar com o Apertura, enfrentou o pequeno Progreso. Jogo triste. Gol apenas aos 36 do 2º tempo, do Nacional. Impressiona o quanto nós, sul-americanos, mal acompanhamos os torneios vizinhos. Da mesma maneira, eles nada sabem sobre o Brasileirão. A única notícia que li nos jornais locais foi uma notinha de 6 linhas sobre o Acosta (Náutico). Mais nada.

Sobre a disputa
A Asociación Uruguaya de Fútbol segue o modelo argentino de dois torneios anuais (Apertura e Clausura), e desde 2005 adotou o padrão europeu -- o primeiro campeonato acontece no segundo semestre e a temporada se encerra no primeiro semestre do ano seguinte. O Apertura 2007-2008 foi vencido domingo (2 de dezembro), com uma rodada de antecipação, pelo pequeno Defensor.

Sobre o acesso e o descenso
Na estréia do novo modelo (2005-2006) dois caíram e um subiu, para fechar o número de 16 equipes. Desde 2006-2007, caem três e sobem três. Quem cai e quem sobe? É meio confuso. Você pega os pontos das duas últimas temporadas para definir quem cai -- como sempre haverá três times novos, os que acabaram de subir, os pontos deles terão peso dobrado. Na tabela de descenso (faltando ainda uma rodada do Apertura e todo o Clausura), temos nas cinco últimas posições...

Cerro 44 pontos (14J/5V-7E-2D).
Miramar 44 pontos (44J/12V-8E-24D)
Juventud 42 pontos (14J/5V-6E-3D)
Progreso 42 pontos (44J/10V-12E-22D)
Fenix 38 pontos (14J/4V-7E-3D)

Ou seja, os que subiram nesta temporada (Cerro, Juventud e Fenix) têm seus pontos dobrados para equilibrar com os que já estão na disputa. Assim, na hora de definir quem cai leva-se em conta um retrospecto de 60 jogos (para que não desceu) ou 30 jogos (para os que recém-subiram) .

Confuso? Pra caraca!

Depois reclamam de turno-returno, pontos corridos...

Os campeões
O Campeonato Uruguaio é jogado desde 1900 -- o profissionalismo começou na temporada de 1932. Nas primeiras 44 disputas da era profissional, de 1932 a 1975, somente Nacional (20 vezes) e Peñarol (23 vezes) foram campeões -- em 1948 o torneio não chegou ao fim. A sina foi quebrada em 1976, quando o Defensor foi campeão. A conta está assim:

1. Peñarol 46 títulos (36 no profissionalismo + 10 na fase amadora)
2. Nacional 41 títulos (30 no profissionalismo + 11 na fase amadora)
3. River Plate 4 títulos (todos na fase amadora)
4. Danubio/Defensor 3 títulos cada um (todos no profissionalismo) e Montevideo Wanderes 3 títulos (todos na fase amadora)
7. Bella Vista/Central Español/Progreso 1 título cada um (no profissionalismo) e Rampla Juniors 1 título (na fase amadora)

Como se define o campeão atualmente
Desde a mudança para o calendário europeu, em 2005, se chegar ao campeão uruguaio é coisa meio complicada. Há dois vencedores por temporada (o do torneio Apertura e o do Clausura). É comum a imprensa brasileira confundir e dizer coisas como "Defensor é o atual campeão uruguaio". Está impreciso. O Defensor (time de camisa lilás e tradicionalíssimo no basquete) é o atual campeão do Apertura 2007-2008 (domingo, dia 2 de dezembro, com uma rodada de antecipação). Para ser campeão uruguaio, é preciso mais... Funciona assim:

1) Campeão do Apertura vs Campeão do Clausura (disputa em dois ou três jogos + prorrogação e pênaltis, se for preciso). O vencedor desse duelo brigará pelo título com o vencedor da Tabla Anual (time que soma mais pontos nos torneios Apertura e Clausura). Aí sim se tem o campeão uruguaio da temporada.

Exemplo 1
Apertura: ganha time A
Clausura: ganha time A
Automaticamente, A é campeão uruguaio.

Exemplo 2
Apertura: ganha time A
Clausura: ganha time B
Tabla Anual (Apertura+Clausura): faz mais pontos o time C
A x B. Vencedor de A x B pega C. Vencedor: campeão uruguaio.

Exemplo 3
Apertura: ganha time A
Clausura: ganha time B
Tabla Anual: faz mais pontos o time A
A x B. Se o vencedor for A, ele será campeão uruguaio. Se vencedor for B, ele volta a jogar com o A em melhor de três e, se vencer novamente, aí sim será B o campeão uruguaio.

Confuso? Pra caraca!

O clássico
Não existe duelo igual no mundo. Pela rivalidade? Também, mas sempre alguém pode citar Palmeiras e C*, Boca e River, Real e Barça, Celtic e Rangers, Fenerbahçe e Galatasaray. Nenhum clássico, no entanto, reúne pacote de títulos mundial e continental (de primeira linha) com tanto equilíbrio. Peñarol e Nacional têm 6 Mundiais (3 a 3) e 8 Libertadores (5 a 3) -- fora os 46 a 41 títulos uruguaios.

Nacional. É uma espécie de SPFC hoje. Tricolor, reúne a elite tradicional do país (se orgulha de ter sido fundado por 100% de uruguaios), mas também traz uma forte torcida popular. Peñarol. Fundado como CURCC (Central Uruguay Railway Cricket Club), a equipe dos ingleses da estrada de ferro, logo virou o time dos imigrantes, especialmente italianos. Segundo o site oficial do clube, seu nome teve origem com um piemontês que se estabeleceu no Uruguai no século 18. Natural de Pinerolo, pronúncia que os habitantes locais entendiam como piñarol... Daí a chamarem o lugar onde vivia de Peñarol foi um passo, e nessa mesma região o clube foi criado.