93. Evandro

Um amigo muito próximo de um grande empresário de futebol disse que no elenco do Palmeiras o meia Evandro é muito querido, e que Luxemburgo aposta muito no cara. Ao ouvir essas coisas eu duvido de que vejo futebol como eles. É como falar de Lúcio (Bayern) ou Junior Baiano. Para uns, são craques. Para outros, bagres. Estou no segundo grupo.

Voltando a Evandro, eu acho esse cara muito ruim. E perdi a paciência com ele aos 27' do segundo tempo, com o jogo ainda 2 a 2 contra a Ponte, numa cobrança de falta. Todas as faltas que ele cobrou pelo Palmeiras terminaram invariavelmente a metros do gol. Por que o cara continuar a bater? Sei lá. Domingo, ele cobrou uma que o menino Souza, recém-entrado em campo, queria bater. Deveria ter deixado. Fiquei puto com o tal Evandro. Por causa da falta? Não, mas porque ele é lento, só toca de lado (e nunca de primeira) e é nada criativo, apesar de o Luxemburgo insistir com ele nessa tarefa (veja post 86, sobre a derrota no Brasileirão para o Grêmio). Evandro, faça um favor, vai tomar...

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À esquerda, abaixo, o esquema com Evandro na criação. A bola só ia para os lados e Lenny e Max ficaram isolados. O Palmeiras sofreu. À direita, com a saída de Evandro e a entrada de outro meio-campista (Souza). O meio passou a proteger melhor a defesa (bem, sem Jéci tudo fica melhor), Jumar e Sandro Silva diminuíram o número de faltas e Deyvid virou o criativo. Não só fez a bola fluir ao ataque, em vertical ou diagonal, nunca tocando de lado, como fez Wendell subir bem mais, Souza subir e chegar e ele próprio, tanto que sofreu o pênalti do gol da vitória do Palestra. No post 86, quando falei disso, o atento e diletante Pinho concordou. E ainda sugeriu. "Até Deyvid faria melhor..." Pinho foi profético.