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Zico, 16º lugar *vídeo, gols de Zico* (3.3.1953)
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"Fla em Carne e Osso"
Clube de futebol tem alma? Dizer que determinado craque é a alma de um clube costuma ser retórica pura. Não no caso do Flamengo e de Zico. Trata-se do maior goleador do Flamengo, segundo maior artilheiro da Seleção Brasilera. A carreira de qualquer jogador resumida nesses dois itens já o colocaria num pedestal da história do esporte. Mas Zico chegou ainda mais alto. Profissional irretocável, Arthur Antunes Coimbra sempre demonstrou, acima de qualquer coisa, seu amor pelo rubro-negro. “Não trocaria nenhum título que ganhei pelo Flamengo por uma Copa do Mundo”, resumiu.
Pela Seleção Brasileira, Zico jogou — e perdeu — três Copas do Mundo (78, 82 e 86). Por ironia, nessas três disputas o Brasil foi derrotado apenas uma vez (nos 3 x 2 para a Itália em 1982), pois saiu invicto do Mundial da Argentina e caiu somente nos pênaltis na Copa do México diante da França. Nesse jogo, ele perdeu o pênalti que poderia levar o Brasil às semifinais. A frustração foi tanta que Zico considera esse como o dia mais triste de sua vida no futebol. Passado o Mundial, teve de ser operado novamente do joelho. Mais alguns meses de recuperação e outro retorno, em 1987: “Para mim, vestir o uniforme do Flamengo de novo é mais importante que ganhar qualquer título”.
Chegou à Gávea ainda adolescente. No Flamengo, que logo percebeu ter em mãos um fenômeno, passou por exames, exercícios e dietas que lhe deram (um pouco mais de) altura e massa muscular. O resto, Zico tinha de sobra: muito talento. Sua carreira pelo Flamengo teve um hiato entre o segundo semestre de 1983 e a primeira metade de 1985, tempo em que esteve na Udinese, da Itália. Virou ídolo em Udine. O fenômeno se repetiria no oriente. Nos três anos que ficou no Japão, ensinou o país a gostar de futebol. Novamente no Brasil, montou o CFZ (Centro de Futebol Zico).
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Dia de Edmundo. Ele era da paz. Apanhava muito, reclamava pouco. Mas Zico não tinha sangue de barata. Na final do Campeonato Japonês de 1993, teve certeza de que o juiz estava favorecendo o Verdy. E não suportou quando um pênalti foi “inventado” contra o Kashima. Um transtornado Zico cuspiu na bola e foi expulso.
3.1.08
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