3.1.08

19. Bobby Moore (37º lugar)

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Bobby Moore, 37º lugar *vídeo* (12.4.1941/24.2.1993)
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"O Protetor da Rainha"
Chamar Bobby Moore de zagueiro era pouco. Ele foi um cão de guarda, do tipo que rosnava pouco, mas resolvia tudo. Guardava o gol inglês como se com a camisa 1 estivesse a própria rainha Elizabeth. Foi tão bom na função que jogou 108 vezes pela Inglaterra. No principal de todos esses jogos — na final do mundial de 1966 —, foi o capitão. Tinha 25 anos e aquela já era sua segunda Copa do Mundo.
Figura certa no Hall da Fama das maiores estrelas do século, Moore fez quase toda a sua carreira no modesto West Ham, de Londres. Aos 17 anos, o quarto-zagueiro estreou no time de cima. Era 1958 e ele ainda demoraria dois anos para se firmar como titular.
Em maio de 1962, a um mês do Mundial do Chile, Moore foi convocado para fazer sua estréia na Seleção, numa goleada de 4 x 0 sobre o Peru. A segunda partida do zagueiro já era válida pela Copa do Mundo. Uma fogueira para o atleta de 21 anos. Porém, ele não tremeu e passou a estar em todas as convocações dos 11 anos seguintes, até novembro de 1973, quando jogou sua 108ª partida e deixou a Seleção, na derrota de 1 x 0 para a Itália, em Wembley. O estádio, aliás, era uma espécie de segundo lar de Moore. Ali, onde Pelé nunca esteve, ele conquistou a Copa da Inglaterra de 1964, a Recopa de 1965 (ambas pelo West Ham) e a Copa do Mundo de 1966.
Em 1974, 26 anos após sua estréia no West Ham, trocou o clube pelo Fulham, ainda menor. Sabe-se lá como, ele conseguiu empurrar o Fulham para a decisão da Copa da Inglaterra de 1975. Do outro lado na decisão estava quem? O West Ham, que saiu vitorioso. Uma tremenda ironia para Moore, então com 34 anos. Ele jogaria depois nos Estados Unidos e trabalharia ainda como treinador. Morreu vítima de câncer, aos 51 anos.
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Prisão na Colômbia. A Seleção Inglesa estava na Colômbia, se preparando para o Mundial de 1970, no México, quando Bobby Moore foi envolvido num obscuro episódio de roubo de jóias. Acusado de afanar um bracelete numa loja em Bogotá, Moore foi preso e não pôde embarcar com o restante da delegação para o México. Só dias depois foi inocentado e liberado para viajar.

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