3.1.08

22. Weah (52º lugar)

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Weah, 52º lugar *vídeo, gol de Weah* (1.10.1966)
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"Amor pela Terra Natal"
Ele queria ser presidente de seu pobre país, a Libéria. Acabou se tornando o melhor jogador do mundo. Para George Weah ainda era pouco. Quando recebeu o prêmio da Fifa, em 1995, os jornalistas estranharam seu discurso. O forte e habilidoso atacante não queria falar sobre seu futebol. Sua verdadeira preocupação ali era arrumar recursos para bancar as despesas da Libéria durante a Copa da África que seria disputada no ano seguinte. Tirou 100 mil dólares do bolso e bancou as passagens aéreas, a hospedagem, a alimentação e a compra de material esportivo.
Weah começou no Young Survivor (jovem sobrevivente), nome bastante apropriado para a sua situação na época. Morador de um bairro pobre, tinha outros 14 irmãos. Era boca demais para comida de menos. Sua vida só começaria a mudar em 1987, quando já estava com 21 anos. Foi contratado pelo Tonnerre Yaoundé, de Camarões, e ali foi campeão ao lado do veterano Roger Milla. Nessa época, a Seleção de Camarões era dirigida pelo francês Claude Le Roy, que o indicou ao Monaco.
Era a vitrine de que Weah precisava. Em quatro temporadas pelo Monaco marcou 47 gols. Em 1992, foi comprado pelo Paris Saint-Germain. Outros três anos e 32 gols para o seu currículo. A experiência no futebol francês foi uma espécie de estágio para enfrentar a pedreira do Campeonato Italiano. E no exigente Milan não decepcionou.
Weah imprimiu um estilo todo particular de jogar futebol: se o caminho mais curto para o gol é uma linha reta, por que não desprezar firulas inúteis e partir em velocidade na sua direção? O liberiano tornou-se ídolo da torcida milanesa desde que chegou, em 1995, justificando o apelido que tinha na África: Oppong (súper).
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Craque sem a bola. Fã de Bob Marley, muçulmano, leitor de livros de sociologia e política, Weah montou em Monróvia um time amador (o Juniors Professionals) e contribuiu para a construção de um hospital infantil e de uma escola de esportes. Pai de três filhos (uma menina adotada), ele jura que sabe preparar um delicioso – e muito apimentado – ensopado de galinha.

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