3.1.08

15. Baresi (17º lugar)

.
Baresi, 17º lugar *vídeo* (8.5.1960)
.
"O Professor da Azzurra"
Franco Baresi jogava tanta bola que bastava assistir a uma partida do Milan para se entender o que era um líbero. Foram raras as vezes em que esse italiano chegou atrasado numa jogada, ou trombou com o atacante. A despeito da eterna camisa para fora do calção — os juízes nem ousavam repreendê-lo —, ele era a elegância em campo. "O líbero não tem direito de errar", resumia. E Baresi não errava.
Quando moleque, foi levado por seu irmão Giuseppe para fazer um teste na Internazionale. Foi reprovado. Franco não desistiu e seguiu até o arquiinimigo Milan, que o aceitou. Tinha 14 anos e um sonho: marcar gols, muitos gols. Desde o início, porém, só era escalado na defesa. Baresi aceitou. Em abril de 1978, o técnico sueco Liedholm (autor do go primeiro gol sueco na final da Copa de 1958, contra o Brasil) decidiu pôr no time principal aquele adolescente que só faria 18 anos dali a duas semanas.
Além de um senso de colocação extraordinário, encontrado em não mais do que meia dúzia de jogadores da história, Baresi era um líder natural, tanto que, aos 22 anos, se tornou capitão do Milan, função que exerceu até abandonar a carreira 15 anos depois. Ali, jogou 716 partidas oficiais (incluindo o período em que o Milan esteve na segunda divisão) e colecionou toda espécie de título — foram dois Mundiais Interclubes, três Copas dos Campeões, três Supercopas Européias e seis Italianos. Um currículo que o levou cedo à Azzurra, aos 22 anos, e o manteve por lá durante 12 anos. Nessas 81 partidas, foi o capitão 31 vezes. Houve um hiato, é verdade. Baresi, que no Mundial de 1982 havia sido reserva de Scirea, não foi convocado para a Copa de 1986 — quem esteve no México foi seu irmão, Giuseppe, da Internazionale. Mas o milanês esteve nas duas Copas seguintes. Abandonou o futebol em outubro de 1997, numa festa com 70 mil torcedores.
.
Elogios de Romário. Na Copa de 1994, logo no primeiro jogo da Itália, Baresi sofreu uma lesão no joelho e passou por uma artroscopia. Com 34 anos, suas chances de voltar a jogar eram pequenas. Ele não só voltou, como fez a final contra o Brasil. "Foi a marcação mais implacável que eu recebi em toda a minha carreira", afirmou o atacante brasileiro Romário. Baresi, que perdeu um dos pênaltis, lembra que aquela foi sua derrota mais dolorida. Em tempo: Romário mal tocou na bola.

Nenhum comentário: