3.1.08

31. Hagi (80º lugar)

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Hagi, 80º lugar *vídeo* (5.2.1965)
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"O Maradona da Romênia"
Copa de 1990. Entre as prováveis surpresas do Mundial da Itália, a imprensa apontava a Romênia, conduzida por Hagi. Copa de 1994. Entre os times menos cotados, a Romênia, conduzida por Hagi. Copa de 1998. A boa campanha nas Eliminatórias havia credenciado a Romênia como uma Seleção capaz de surpreender na França. O condutor do time? Hagi, sempre ele. Dezesseis anos na Seleção de seu país transformaram o meia romeno em um herói nacional. Apelidado de Maradona dos Cárpatos (a região onde está a Romênia) pela extrema habilidade que tem na perna esquerda, Hagi chocou o país quando anunciou que não vestiria mais a camisa 10 amarela.
Ele começou no pequeno Sportul Studentesc, de Bucareste, a capital romena. A facilidade de chutar com força ou precisão desde cedo se somava ao tremendo espírito de liderança, lhe rendendo convocações em todas as seleções menores. Hagi estreou na equipe principal e, como diria o técnico Zagallo, não sentiu o “peso da amarelinha”. Foi no empate de 0 x 0 contra a Noruega. Em campo, mantinha a mesma desenvoltura de suas partidas pelo Sportul.
Os dois grandes clubes romenos, Dínamo e Steaua, passaram a assediá-lo, mas Hagi preferiu passar mais um campeonato no Sportul. Na temporada seguinte, aceitou a oferta do Steaua (estrela, em romeno), então campeão invicto. Foram quatro anos no time do Ministério do Exército, mais quatro títulos invictos e duas vezes a artilharia do torneio.
Contratado pelo Real Madrid, em 1990, passou também pelo Brescia, da Itália, e Barcelona, antes de se transferir para o Galatasaray, da Turquia, do brasileiro Taffarel. O fato é que jamais consegiu repetir nos grandes clubes europeus as estupendas atuações pela Seleção.
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Meu pé esquerdo. Quando jogava pela Seleção Romena, Hagi era uma espécie de ditador dentro de campo, seguindo um pouco a tradição política de seu país. Cobrava as faltas, os escanteios e os pênaltis. Era ele também quem definia o posicionamento dos colegas — e todos obedeciam. Na Copa de 1994, após marcar um golaço num chute de 50 metros contra a Colômbia, ele explicou a razão de seu sucesso com a bola: “Meu pé esquerdo é realmente muito bom.”

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