3.1.08

26. Paolo Rossi (65º lugar)

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Paolo Rossi, 65º lugar *vídeo, 3 gols no Brasil* (23.9.1956)
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"Três Vezes o Pesadelo"
Uruguai em 1950. Paolo Rossi em 1982. Foram essas as duas maiores derrotas do Brasil em todos os tempos. O atacante frágil, pequeno, cujos joelhos eram estourados (foram quatro cirurgias e retirados os meniscos) transformou-se no Carrasco de Sarriá para os brasileiros. Mas para os italianos, que até hoje o idolatram, ele é o Bambino d’Oro (menino de ouro).
Aos 15 anos, Rossi entrou nas categorias de base da Juventus, de Turim. Sem chamar a atenção, foi cedido ao Como, onde tampouco deixou saudade. Empurrado dessa vez ao Lanerossi Vicenza, estourou. Levou o time ao título da difícil segunda divisão, marcando 21 gols. Na temporada seguinte, 1977-78, o pequeno Vicenza tornou-se vice-campeão e Rossi o artilheiro da primeira divisão. Gols que o levaram à Copa da Argentina. Fez um excelente Mundial, com a Itália terminando em quarto lugar.
Mesmo festejado na volta, ele permaneceu no pequeno Vicenza, que caiu para a segunda divisão na temporada 1978-79, apesar de Rossi ter marcado 15 gols em 25 jogos. Trocou Vicenza pelo Perugia, onde jogava quando foi acusado de participar de armação de resultados na loteria esportiva italiana. Suspenso por dois anos, voltou a um mês da Copa da Espanha, em 1982, contratado pela Juventus.
Nos três primeiros jogos do Mundial, passou em branco, quase anônimo. Despertou contra a Argentina, depois destruiu o Brasil marcando os três gols na vitória italiana por 3 x 2. Derrubou a Polônia nas semifinais e a Alemanha na final, saindo da Copa como artilheiro (seis gols). Participaria ainda do Mundial do México como um figurante de luxo da delegação e encerrou a carreira em 1987, por causa do problema nos joelhos. Mas já havia garantido um lugar no coração dos italianos.
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Inocência perdida. Paolo Rossi sempre negou ter-se envolvido na armação de resultados na loteria italiana. Inocentado pela Justiça Comum, ele foi condenado pela Justiça Desportiva e ficou sem jogar entre 24 de abril de 1980 e 2 de maio de 1982. Foi proibido até de disputar amistosos. Católico fervoroso, Rossi se recolheu a Vicenza e treinava todos os dias. Em 1981, a Juventus o contratou. Bom negócio, bela história.

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